sexta-feira, 9 de março de 2012

Está chovendo à noite.

     Tudo está molhado. E o que está molhado é iluminado pelas luzes. Inclusive a fumaça do meu cigarro que sai debaixo do guarda-chuva enquanto assisto à praça que fica tão bonita nas noites de chuva.
     Daqui do terraço dá pra ver os faróis dos carros que vão iluminando as poças enquanto passam lá do outro lado da praça. E os motoristas nem fazem ideía de que estão me fazendo um pouco mais feliz.
     O brilho da praça molhada é mais bonito até mesmo do que o do ouro e da prata. Estes custam dinheiro e a praça em dias de chuva está ali pra quem quiser ver. Tudo o que se precisa é de um guarda-chuva e da ajuda de São Pedro numa noite qualquer. E tempo.
     Mas as pessoas não tem muito tempo disponível. E nem estão aí se é noite de chuva e a praça fica mais bonita ...

Eu, Amarello e Pirata


Muito me encantam as mãos pequeninas

Que se põe a mover freneticamente
Assim, a falar simultaneamente
Com os doces lábios dessa menina

E nisso tudo o que mais me fascina
Tão delicado pedaço de gente
Sendo frágil, forte, meiga, valente
É o como os antagonismos combina

Fogo emana do cabelo e do olhar
Difícil dizer o que mais me atrai
Em brilho que a pele furta ao luar

Resplandecer que ao infinito se vai
Se perde em introspectivo dançar
Pela imensidão das “Coisas de Nai” :-)

quinta-feira, 8 de março de 2012

The Three Yellow Square Cows



(Uma versão retilínea de "The Three Yellow Cool Cows")

O Topo da Evolução Reencarnatória segundo Michael Stipe

O R.E.M. estava no History Tellers e, num gancho, enquanto falava de periquitos, citados em Parakeet, Michael Stipe começou a divagar sobre coalas.

Os coalas, tal como os periquitos australianos, vêm da Austrália. (Na verdade eles não costumam “vir” de lá, a não ser que sejam trazidos e tal mas ...) É na Austrália que ele teria conhecido um pouco mais sobre os “ursinhos”.

Dizia que, se alguém acredita naquele lances de reencarnação, que os hippies são chegados, de que a gente vem ao mundo como uma planta, e depois, talvez, como um animal e então um ser humano, e assim por diante; que o topo dessa “evolução reencarnatória” deveria ser o marsupial.

Tendo a oportunidade de conhecê-los melhor - creio que chegou a tocar em um se me lembro bem - ficara sabendo que sua urina cheirava bem, devido a sua alimentação, os eucaliptos da região.

Ainda mais, este eucalipto, nativo de lá, seria alucinógeno. E daí também a conclusão de por que os coalas são o mais alto nível da evolução:

- a urina deles cheira bem;
- todo mundo acha eles uma gracinha;
- e eles vivem doidões/alucinados sobre as arvores, literalmente “altos do chão” ...

:-)

A menina da árvore

...
(e nosso amor era impossivel - pois nossas cabeças eram muito grandes e nao podiamos sequer nos dar as mãos)


A ioioézima pessoa a deitar na grama verde pra curtir

A ioioézima pessoa a deitar na grama verde pra curtir, beijou a décima terceira pata da centopéia que saiu de dentro da cestinha do dízimo.

As luzes dos apartamentos disseram coisas lindas para a dona da atenção daqueles que cuidavam de sua gestação.

E dando voltas na cabeça de parafuso era possível saber a falta e a saudade causadas, pois lá estava descrita de forma infinita a estima.

Não se sabe a procedência da mensagem binária, apesar da esperança de um remetente em particular.

Descaso condena, e como! Difícil é deixar de fazer pouco caso sempre, já que nem sempre se percebe.

Se libertar é preciso! Pena que se trate de um simples ser humano ridículo, limitado, e que usa dez por cento de sua cabeça animal, como já dizia Rauzito.

Mas não se entregar! Apesar de pensar assim, sem um pingo sequer de ânimo.

Ânimo foi a presença de quem existiu, quem realmente existiu.